terça-feira, 23 de março de 2010

Notícias prancha amsler 26-mar-2010: FERNANDO LIMA, NOSSO FATÓGRAFO FEDOCA

@migos,

Em mais uma colaboração para o livro do John, agora escrevo umas linhas sobre o meu amigo Fernando Lima, o popular Fedoca, nosso grande fotógrafo, sempre nos brindando com clicks de momentos tão inesquecíveis.



Yso Amsler & Fedoca prontos pro Surfari I - Agosto 2004 - foto: Beth Roballo

Olhando bem, mas bem lá atrás, lembro-me de um feriado prolongado em Saquarema, na primavera de 1971. O pico de Itaúna perfeito com swell de esquerdas e direitas quebrava de 4 a 6 pés, o vento era terral e a água quente na cor verde esmeralda.

Eu tinha acabado de descer numa esquerda alucinante na frente do Otávio (Targão) Pacheco e estava então no canal de entrada, sentado sobre minha Hobie 6’ 0” positive force four, shape do Mickey Muñoz, quando um surfista se aproximou remando e chamando “Yso”. Devo ter respondo rispidamente “o que foi?”. Ele, com muito jeito, continuava, “você não acha que ele já está há muito tempo aí embaixo?”.

Olhei pra ele ainda bastante sério e pra minha mão direita (minha mão que estava dentro d’água) que imediatamente abri permitindo que submergisse então o Paulinho (Ratão) Proença, ávido por respirar. “Do que se trata?”perguntei eu. Bom isto já seria então uma outra história....



Yso Amsler no Pier - anos 70 - foto: Fedoca

Aquele surfista que estava ali me alertando era o Fedoca, e eu posso considerar que foi assim, naquele momento, que nos conhecemos. Depois dali nos encontrávamos bastante em Saquarema, no Arpoador ou ainda no Píer de Ipanema.



Sergio Amsler no Pier - anos 70 - foto: Fedoca

No início dos anos 90, caminhava um dia até o Arpoador, que quebrava perfeito atrás do pontão. Andei através do morro e pulei n’água, lá na escadinha de pedra, varando em seguida a arrebentação do pontão.

Depois de pegar altos jacarés, quem aparece lá fora remando sobre um pranchão: o Fedoca. Nadei até ele e perguntei: me empresta sua prancha? O Fedoca respondeu: “claro Yso, vai pegar comigo lá na areia depois que eu sair”. Eu ponderei com ele que não tinha preparo para furar de pranchão aquela arrebentação do pontão.

Fedoca, que tinha acabado de entrar no outside, imediatamente mergulhou, retirou a cordinha, me entregando seu pranchão, para em seguida voltar nadando pra areia. Depois de pegar três ondas, devolvi o pranchão na areia. Considero que nesse dia fiquei conhecendo, mesmo, quem era o Fedoca, meu amigo.



Yso Amsler em Sta Catalina - Agosto de 2004 - foto: Fedoca

Já bem recente, em 2004, um bando de amigos e eu fomos surfar em Santa Catalina, Panamá, e em Pavones, Costa Rica.



Yso Amsler em Pavones - Agosto de 2004 - foto: Fedoca

Convenci a surfistada de que seria muito legal levarmos um fotógrafo – que seria o Fedoca – para registrar todos os momentos de dentro e de fora d’água, do nosso Surfari.



Yso Amsler em Pavones - Agosto de 2004 - foto: Fedoca

Foram clicadas ondas fantásticas, sempre entremeadas por um pelicano, ou uma arara, ou uma gatinha de biquíni, uma iguana... Ou seja, os melhores lances de nossa aventura.



Yso Amsler & Fedoca em Sta Catalina - Agosto de 2004 - foto: Edu Gardos

A partir dessa viagem, o Fedoca se tornou também, pra mim, um grande companheiro de aventuras.



Fedoca de frente pra camera em Pavones - Agosto 2004 - fotos: Yso Amsler

Boas ondas, amigo Fedoca!
Yso Amsler

Notícias prancha amsler 23-mar-2010: MONTE ALTO ESPECIAL

@migos,
No fim de semana que passou, as ondas rolaram em Massambaba. Eu tinha ido checar o Peró, e verificado que não rolava nada. Decidi ir à casa do meu amigo Telmo, dono do Museu do surf de Cabo Frio, entregar camisetas e DVD de nosso Surfari V – Hawaii, que lhe havia prometido. Ele me falou então que Massambaba estava quebrando.



Ao chegarmos a Monte Alto, não deu outra, swell de dois a três pés, brisa empurrando as ondas, e o mais importante, águas quentes.



Foi uma hora de ondas, antes de seguir viagem de volta pro Rio, revigorado.



Os convido agora assistirem apresentação com as ondas do dia.
Boas Ondas
Yso Amsler

sexta-feira, 19 de março de 2010

Notícias prancha amsler 19-mar-2010: RICARDO FONTES DE SOUZA - RICO

@migos,

Dando continuidade ao pedido de meu companheiro de pódios John Wolthers, que escreve um livro sobre o início do surf no Brasil, este post é sobre o meu amigo Ricardo Fontes de Souza, o famoso Rico - em minha percepção, o legítimo representante do surf Brasileiro.

Rico & Yso na Macumba - Março de 2007 - foto: Olivia Amsler
Acompanho, dentro e fora d’água, a trajetória do Rico, desde os fins dos anos 60, tanto no Arpoador quanto em Saquarema.

No início dos anos 70, assim como o Rico, eu também vivia do Surf, fazendo pranchas (eu shapeando, meu irmão Sergio encapando e meu primo Fred lixando e polindo as pranchas). Valorizo este fato, porque uma vez, em conversa com o próprio Rico, após um dia de altas ondas no Arpoador, ele mencionou como era legal meu lance de fazer prancha em família, pois ele não tinha este apoio familiar.

Rumo a Saquarema nas Barcas Cantareira - Agosto de 1973 - foto: Yso Amsler
No inverno de 1973 no Brasil, logo após meu regresso do Hawaii, Rico me convidou pra irmos surfar em Saquarema. Foi me buscar na Urca, onde eu morava, com seu fusquinha verde, e seguimos pra Saquarema. Ele – que já tinha estado no Hawaii em 1971 e que, além de surfista, também fazia pranchas e shapeava – e eu tínhamos muito a conversar – os picos, as ondas alucinantes, as feras hawaianas, as fábricas de pranchas e os grandes shapers da temporada. A conversa era tanta que a viagem, que na época incluía horas de espera para travessia de barcas, passou sem percebermos.

Yso Amsler em Saquarema - Agosto de 1973 - foto: Rico
Em abril de 1975, Rico e eu éramos os únicos brasileiros ainda vivendo no Hawaii após a temporada do inverno. Em um domingo logo após uma seção de ondas em Sunset, Rico veio me procurar em Back Yards, onde eu morava, e me convidou pra assistir a um concerto do Eric Clapton, em Honolulu. Eu pensei com os meus botões, não vou de jeito algum, vai ser uma roubada para mim. Desconversei e fui cuidar do meu almoço.

Pra minha grande surpresa, na hora marcada o Rico apareceu na minha casa. Lembro que eu estava lavando a louça do almoço, de costas falei brincando em inglês, no way Jose, me no go! E aí levei o maior uuu! eram cinco gatíssimas hawaianas acompanhando o cara e me vaiando. Virei e olhei, não acreditando no que via, me belisquei e doeu, pois estava acordado - na mesma hora falei me go. Um carro novinho e na mala um ice chest cheio de Heinekens geladas.

Rico na frente abraçado a duas delas e eu atrás abraçado às outras três. No caminho para o south shore, paramos na plantação de abacaxi; cervejas, beijos e abraços.... Cheguei a falar pro Rico, vamos ficar por aqui mesmo, porém fui voto vencido. O show do Eric Clapton foi alucinante.

Rico no Pier de Ipanema durante o campeonato em 1972 - foto: Nando Moura
Ao longo de tantos anos, somente uma vez tive a oportunidade de competir na mesma bateria que o Rico. Foi em 2004, no Legends, um campeonato fantástico que acontecia em Maresias em SP. Eu não fui para as finais onde o Rico venceu, em uma final disputadíssima com o Mudinho.

Rico no Pier de Ipanema durante o campeonato em 1972 - foto: Nando Moura
Eu sempre o encontro surfando na Macumba. Dia destes, ele, de SUP, remou ao meu lado, sentou e disse “Yso, com é bonita essa sua prancha!”. Como resposta, comentei que bonito foi ter assistido, no dia anterior, ele todo atencioso com o filho mais novo, juntos surfando na Macumba.

Rico no Pier de Ipanema durante o campeonato em 1972 - foto: Nando Moura
Além de eu gostar muito de conversar com o Rico, tenho uma grande admiração por ele, porque é empreendedor, empresário, fabricante de pranchas, shaper e, principalmente, antes de tudo isso, nada mais que um apaixonado surfista.

Aloha Rico.
Yso Amsler

sexta-feira, 12 de março de 2010

Notícias prancha amsler 12-mar-2010: TORTOLA, BVI - Britsh Virgin Island

@migos,
Durante o Carnaval, enquanto nós aqui no Rio nos divertíamos com as excelentes ondas brindadas por Netuno, durante todo o feriado prolongado, e pela tarde passamos todo o tempo nos desviando dos tantos blocos, meu irmão-brother Sergio viajou a serviço.


Pois é, ele foi pra Tortola, Britsh Virgin Islands, no Caribe.

Intenso movimento de transatlânticos...


muita lagosta e frutos do mar... cervejas variadas...

E surf. Tortola com seu fundo de coral tem vários picos de surf, sendo o mais conhecido o de Apple Bay.
Vejam a seguir apresentação das imagens de Tortola.
Boas Ondas
Yso Amsler