terça-feira, 8 de novembro de 2005

Notícias prancha amsler: 08-nov-2005 SURFARI I - EM BUSCA DA FONTE DA JUVENTUDE PARTE 2 - PAVONES

@migos,
Esta é a segunda perna de nosso SURFARI I, e meu amigo Fedoca, escreveu assim em seu site ClikSurf...




PAVONES, FINALMENTE CHEGAMOS À QUILOMÉTRICA ESQUERDA DA COSTA RICA.

Autoria: Fernando " Fedoca" Lima, Beth Amsler e Simone Maria


Fotografia: Fedoca, Yso e Fiinho


Pavones, finalmente chegamos à quilométrica esquerda da Costa Rica. Uma coisa é certa, não existe nada melhor do que surfar onda de padrão internacional, com uma cambada de amigos zoando. Pavones, uma esquerda social, porque as vezes você vai dividindo ela com alguém. O que vocês verão aqui é um bando de caras que amam surfar, ninguém é profissional de surf , mas rola água do mar nas veias , se você me entende. Eu escrevendo isso aqui no Rio agora , meus olhos sentem , se enchem de saudades...Uma coisa é certa não existe nada melhor do que surfar onda de padrão internacional, como essas de Pavones, com uma cambada de amigos zoando.



OBS.: essa onda é muito longa, mais de um 1km do pico até a prainha, então quando vocês virem as fotos pensem nisso, é só um pedaço pequeno da parede, são as vezes longas seqüências, e o resto não está no chips da câmera, está no memory cérebro , memory brain. Pavones, na Costa Rica, é um pico internacional perfeito só esquerdas. Pegamos seis dias de três a seis pés plus, posso garantir, é imperdível. Tem ainda, como bônus, do outro lado da baía, via passeio de barco de 45 minutos, um pico conhecido como Mata-Palo, onde quebraram direitas de até quatro pés com bastante consistência.


Aí em Pavones ficamos em uma boa pousada, existem várias, porém o café da manhã, almoço e jantar eram por nossa conta, com opções de escolha. Gastei 25 dólares por dia, fora a cerveja, apenas para dar uma idéia a quem se interessar, segundo Yso Amsler. Mais uma vez as indicações e contatos feitos pelo Luis Henrique Leitão da Tripping foram 100%.


A estrutura de estadia foi completamente diferente da nossa primeira etapa em Santa Catalina, uma pousada bem mais rústica , camas também limpas, sem rango incluído, mas um lugar mais “social”. Ondas longas, parede extensa, um line-up bem mais espalhado.


A galera mais atirada como o Yso, Fiinho, Edu, ficavam mais no point, em frente a saída do rio, onde a disputa era maior, mas os longos passeios compensavam. Alexandre e Gastão ficavam no meio do caminho, o Demetrius que em Pavones estava mais retraído, aparecia por ali e o Pedroca e o Dadinho surfaram lá no Córner, antes do Biro Biro.

O lugar existe em volta de um campo de futebol e depois a praia como limite e as ondas. O que nos leva a esse relato.No dia que a gente chegou, sábado, cerveja vai cerveja vem, conhecemos um local e como o mar estava pequeno, marcamos um confronto de futebol, Brasil x Costa Rica. Terça-feira , 16: horas. Gramadão, 10 na linha e um no gol. Juiz tudo certinho.



Segunda-feira o mar subiu, fui checar bem cedo e lá estava Pavones quebrando bonito, sol, 1,5m de onda perfeito. Um intervalo, na nossa trip rolou muita onda mas a chuva tropical foi também nossa companheira de TODOS OS DIAS . A galera fez a mala, altas ondas, boas fotos, todo mundo curtiu. Nesses dois dias nós já estávamos enturmados com a galera local de um modo geral. Deu onda no point, no Biro Biro também chamado de Playground. Era a última sessão da onda que emendava até uma prainha, uns 400 metros de parede, muita curtição.



No dia seguinte o mar continuava bom e é claro ninguém se lembrava mais do compromisso do “Confronto Internacional”. A hora ia chegando e a galera achando que não ia rolar, 10 para as 4horas, eles começaram a aparecer. Eu que tinha ficado mais ou menos incumbido de organizar o time do Brasil, comecei a ficar preocupado, se não rolasse a minha reputação ia pro cacete.

A meu favor tinha o mar que tinha quebrado perfeito e agora tinha entrado um, vento ruim, mas a surfistada ainda acreditava nas ondas e eu na reputação... Aí eu dei uma acelerada , dei um toque num pessoal de Santos/ São Paulo , depois numa galera de Israel descendente de brasileiros. O time começou a tomar jeito. O mar piorando paralelamente.


Nisso o pessoal da vilazinha já estava se acomodando ao redor do campo, para eles jogar contra um time do Brasil era uma honra, um desafio. Os 2 times se apresentaram, cada um tinha a sua arma secreta. Apitou o juiz , começam os primeiros 35 minutos, falta contra a gente , 1 x 0 eles, gol do arma secreta. O goleiro Dadinho não teve culpa e ainda machucou o dedo. O jogo vai bem, boa disputa, no tempo certo o juiz termina o primeiro tempo.



Piiii, segundo tempo. Algumas modificações, não saberia agora, nem na hora, dizer a nossa escalação. O nosso arma secreta, o homem bomba de Israel empata. O meio de campo se acerta, eles pressionam o tempo todo, Demetrius, lateral direito segura e arma bem, o Gastão Veiga nosso goleiro é uma das grandes figuras em campo, e num contra ataque o homem bomba vira o jogo, 2 x 1 Brasil. A pressão deles aumenta , o juiz gosta do jogo, sente que o time da casa está pressionando, e esquece o tempo.



Obs.: Eu Fedoca, como organizador, técnico, chefe de torcida e atacante nos primeiros 15 minutos , clamo por uma segunda partida. Aí você, que talvez vá lá a Pavones antes de mim, tem a missão de conduzir essa peleja.

Dado: Em Pavones, a cozinheira, um espetáculo. Na Costa Rica, ficamos em uma pousada bastante razoável para uma surftrip. As ondas? Indescritíveis! Perfeitos buracos, paredes longas as melhores já surfadas, de minha parte. Todas as minhas expectativas foram superadas em larga escala, saí do Rio pensando em surfar no máximo de seis a sete dias e acabamos surfando 12, sem interrupção. Foi uma das coisas mais legais que aconteceram comigo nos últimos anos, ficar duas semanas convivendo com amigos, vestir bermuda e sandália o tempo todo e não saber notícias do Brasil. Foi muito legal. Quando faremos a próxima?


EDU: As ondas de Pavones sem palavras...uma coisa é ver as fotos em revistas e a outra é estar lá e poder retransmitir a alegria desta onda depois de surfá-la ... todos os registros (inclusive sobre a perda da minha máquina digital, que no final das contas passou despercebida diante do prazer que a trip proporcionou) ficarão para sempre! O Fedoca fez mágica em alguns momentos... Com certeza essa trip deixou um marco em nossas vidas, pois são momentos que não voltam mais e a certeza que temos é de que somos privilegiados por termos vivido isso que a vida, família, amigos e o surfe nos proporcionam!”


Só para lembrar: a formação do grupo que vai viajar é outro ponto importante, pois, afinal de contas, será por uma quantidade de dias, quase 24 horas por dia juntos num mesmo lugar de um país distante e desconhecido. Neste aspecto, posso dizer que o grupo foi uma benção, foram todos grandes parceiros, sem exceção, e era uma galera de diferentes idades, veja só: Yso Amsler 53 anos; Alexandre Sayd, Pedroca Mazonave, Dadinho Nogueira, todos têm 52 anos; Fedoca Lima, o fotógrafo, tem 51 anos; Gastão Veiga tem 48, Carlos “Fiinho” Pinto tem 35, Eduardo Gardos tem 33 e Demetrius, 31 anos.


Vejam na apresentação a seguir, alguns de nossos melhores momentos em Pavones.


Boas Ondas


Yso Amsler