sexta-feira, 18 de junho de 2010

Notícias prancha amsler 18-jun-2010: OTAVIO PACHECO - TARGÃO

@migos,
O Zé Augusto que escreve para a seção Mitos, da Hardcore, deixou o seguinte post em meu BLOG:
"Caro Yso, estou escrevendo sobre o Otávio Pacheco e gostaria muito de um depoimento seu. Já conversei com ele e nas minhas pesquisas vi que sua presença e de seu irmão eram constantes na Saquarema dourada em que Otávio, Maraca e cia viveram e surfaram pacas. Se puder mandar algumas linhas sobre alguma cena em especial do Otávio, ou falar um pouquinho do ser humano Otávio, agradeço bastante.
Grande abraço
Zé Augusto"

Pois é, na ocasião em que eu comecei a surfar de madeirit na Praia de Fora, no Forte da Urca, nos idos de 1964, o Otávio "Targão" Pacheco provavelmente já arrepiava de madeirit lá no Pontão do Arpoador. Assim como meu irmão Sergio e eu já estávamos surfando a partir da segunda metade dos anos 60, os Pachecos -- Otavio e Fabinho -- já surfavam no Arpex. O irmão mais novo, Maurinho, conhecia das revistas, e pessoalmente só pra cá do ano 2000, quando tivemos a oportunidade de surfar juntos em Saquarema.


Betão, Vanderbuilt, Yso Amsler, Maraca, Targão e Ratão, foto: Nando Moura - out/1972
Conheci o Targão de vista, quando ainda se surfava de pranchão e depois de minimodels - ele sempre surfou muito bem. Com nossa mudança para as pranchinhas, passamos a nos encontar sempre dentro d'água, no Arpex, no Pier de Ipanema e, principalmente, em Saquarema, onde ele morava com o "Ratão" Proença e mantinham uma venda de sucos naturais.

Nós dois sempre fomos muito competitivos e eu sempre admirei seu talento: Bença Vô! é o que sempre digo quando o encontro. Tive oportunidade de competir duas vezes com o Targão - a primeira, no Campeonato de pranchinha do Pier de Ipanema, em 1972: ele foi o campeão e eu o vice. A última vez foi agora, no ano passado, na final de pranchão do Campeonato Legends do Arpoador, quando ele terminou em segundo e eu em quarto.


Targão, foto: Nando Moura - out/1972
Além de termos nos encontrado surfando muitas vezes no Brasil, nos víamos também no exterior. Lembro que em 1973, passando pelo Peru, encontrei o Targão na Isla em Punta Hermosa. Estava muito frio e vento onshore, portanto preferimos comer as maravilhas da culinária peruana acompanhada de pizco y muita cerveza cristal, aproveitando pra botar em dia nossas vivências daqueles últimos meses; bebendo,comendo e falando horas e horas sem parar.

De volta ao Brasil, Targão e Ratão começaram a fabricar parafinas - eles haviam conseguido a licença de uma marca. Eu sempre comprei caixas das parafinas deles, assim como as levei para o Hawaii daquela época, em meados dos anos 70. Os "gringos" não cansavam de elogiar, e olha que foram muitos.


Targão, Chico, Yso Amsler e Mudinho, foto: Olivia Amsler - out/2009
Aquele já tão falado e épico dia em que Sergio, Sabá, Kadinho, Rico, Ratão, Targão e eu desbravamos as ondas da laje de Jaconé, foi uma dica do Targão, sabedor de como gostávamos de dropar em buraqueiras.

A segunda temporada em que Otávio e eu estivemos juntos fora do Brasil, foi ainda nos idos de 1975, no Hawaii. Quando cheguei ao North Shore, ele já estava por lá, e me levou pra surfar o fim de tarde em Jocks - inesquecível! 6 a 8 pés com terral, céu azul e um belíssimo por de sol. Ele ainda me levou pra cairmos juntos em Laie, com o Helmo. Uma vez, em Back Yards, foi a melhor de todas; eu havia ido checar o mar e não acreditava no que via, estava perfeito, 3 a 5 pés, terral e muito sol. Ninguém na água, na minha esquerda ninguém, na esquerda avisto o Otávio, olhando também aqueles maravilhosos expressos despenteando sem parar, Olhei pra ele e sem pestanejar saí correndo pra buscar minha prancha. Quando voltei, o Targão já passava parafina; entramos juntos pelos canais de coral e surfamos sozinhos horas e horas sem parar, até o fim do por do sol, que ali é fantástico.


Targão, foto: Olivia Amsler - out/2009
Em uma das minhas voltas do Hawaii, quando me preparava pra retornar devido a um acidente com meu pé esquerdo, fui procurado pelo Fred Hemmings, que me convidou para o Campeonato Smirnoff de 1978. Como não podia retornar ao Hawaii naquela data, resolvi doar ao vencedor do Campeonato de Ubatuba de 1977 -- o mais bem organizado campeonato da época -- o convite para o Smirnoff. Não deu outra, o campeão foi o Targão, que nos representou no Sminoff de 78, no Hawaii.

Bença Vô, mais uma vez, e muito boas ondas, sempre!
Yso Amsler

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Notícias prancha amsler 04-jun-2010: BARRACO É DIVERSÃO

@migos,
Sábado de sol, água quente e mar de outono. Destino certo: Reserva, no Secret do Salim vulgo Barraco, pura diversão.

Não é que quebrou onda...

Não disse? Quebrou, sim...

Mais onda, vejam a seguir na apresentação.
Boas Ondas
Yso Amsler